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Jogar torna as pessoas mais violentas?

July 05, 2018 | Poppy 

É muito comum ver pessoas mais velhas falando sobre como os jogos tornam os jovens mais violentos. Claro, existem jogos muito violentos. Assim como existem pessoas muito violentas. Mas quais as bases de todo esse discurso? Existe fundamento nessas afirmações?

Pensando sobre o assunto, resolvi fazer uma pesquisa. O assunto é, relativamente, recente. Por isso, resolvi criar uma enquete, que foi espalhada pela internet. Alcançando quase 200 respostas. O que os jogadores tem a dizer? Entre os dados apurados, descobri que:

58% das pessoas não acredita que jogos são capazes de tornar as pessoas violentas.

Entretanto, ao mesmo tempo, 49% dos jogadores afirmaram que conhecem jogadores tóxicos. 47% ,inclusive, tem amigos tranquilos que se tornam violentos ou tóxicos quando jogam. 

 

51% dos jogadores dizem que já se sentiram ofendidos/agredidos em jogos. 32% já sofreram com algum tipo de preconceito.

 

 

Mas, pelo menos, 89% dos jogadores - de todos os tipos de jogo - que sofreram com preconceito, afirmaram que o jogo oferece meios de denuncia a outros jogadores. E que com base nessa denuncia, o jogador preconceituoso pode ser punido.

70% concorda que jogos são vícios. Ainda assim, 50% dos jogadores continuam jogando.

 

Entre os jogadores, 73% passa até 20 horas por semana conectado a algum tipo de jogo. O que ainda é considerado saudável. Entretanto, os outros 27% já podem ser enquadrados como viciados em jogos. Inclusive, na pesquisa, tivemos conhecimento de dois usuários que passam mais de 100 horas semanais conectados. O que pode ser muito prejudicial a saúde. 

Apesar de todos esse dados e números, é importante enfatizar também que  os entrevistados trazem lições importantes, que eles afirmam ter aprendido jogando, como: o básico do inglês, persistência, sociabilidade, respeito a diversidade, paciência e concentração. E uma ramificação da indústria do entretenimento, que hoje movimenta mais dinheiro do que as produções hollywoodianas, não pode ser formada apenas de negatividade e caos. Ou não atrairia tantas pessoas. E eu acredito que essa quantidade massiva de jogadores seja apenas um reflexo das pressões do dia-a-dia, que chegam cada vez mais cedo na nossa sociedade, cada vez mais competitiva. E cada vez mais em busca de meios de fugir da realidade no seu tempo livre.

 

 

 

 

 

 

 

E deixo com vocês um trecho que li pouco tempo atrás para a faculdade. Um autor que tirou algumas palavras da minha boca. Ele traduz o sentimento de quando alguém trata os jogos como algo completamente negativo sem sequer tentar conhecer.
“Os garotos estão sozinhos nesses novos mundos que os adultos não entendem, ou ignoram ou desprezam com uma arrogância de quem ainda finge saber das coisas e estar no controle. Como já disse John Katz, num texto bem raivoso: ' Tudo que eles [os adultos] têm para oferecer são sistemas educacionais tediosos ou ultrapassados, estruturas políticas que não mais funcionam e formas exauridas de uma ‘cultura’ murcha, sacrossanta e onerosamente subsidiada '. Exagero? O adulto que tiver algo diferente disso para oferecer que atire a primeira pedra. Ou fique calado, deixando a meninada jogar e aprender o que deve aprender e que inventou que deve aprender. Pois diversão também cria nova cultura”.

(Vianna, 2004, p.6)

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